terça-feira, 4 de novembro de 2008

Quem somos nós?

A Pausa Companhia é sediada na cidade de Curitiba e nasceu do interesse comum de seus participantes por uma pesquisa centrada na dramaturgia contemporânea, sintonizada com a linguagem e os problemas da atualidade. Desde sua criação, em 2004, a companhia vem conquistando o respeito do público e da critica especializada. Desde então, participou de todos os Festivais de Teatro de Curitiba e vem obtendo boa repercussão e crítica, ocupando lugar de destaque na cena teatral curitibana.

Em 2004, teve a sua primeira estréia: Gravidade Zero, monólogo de Mário Bortolotto dirigido por Emília Hardy e interpretado pelo ator Gabriel Gorosito. No final do mesmo ano, a companhia, em parceria com o diretor Marcio Mattana, iniciou uma pesquisa centrada em peças curtas contemporâneas da língua inglesa, reunindo, traduzindo e analisando material de autores como Martin Crimp, Will Eno, Julia Jordan, Bridget Carpenter e Mark Harvey Levine. Dessa pesquisa resultaram três montagens encenadas pelo diretor Marcio Mattana: a primeira, em 2005, foi a estréia nacional do autor Mark Harvey Levine com o espetáculo Aperitivos. Em seus três anos de trajetória, foram feitas três temporadas entre Curitiba e São Paulo. Participou duas vezes do Festival de Teatro de Curitiba e foi patrocinada pelo Projeto Difusão das Artes Cênicas pela Fundação Cultural de Curitiba. Foi selecionada e integrou o Projeto Palco Giratório, do SESC/Brasil, viajando por 33 cidades do Brasil. Com o subsídio da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Paraná, através do Projeto de Circulação, o espetáculo foi apresentado em 10 cidades do interior do Estado.

Em 2006, além da continuidade dos projetos acima descritos, a companhia produziu a peça curta Nadar à Noite, de Julia Jordan, especialmente para a II Mostra Cena Breve, no Teatro da Caixa, em Curitiba. Em 2007, juntando-se a outras três companhias da cidade, a Pausa Companhia criou e participou da I Mostra Novos Repertórios, no Festival de Teatro de Curitiba, com a trilogia Menos Emergências, do britânico Martin Crimp, montada pela primeira vez no Brasil. Em junho de 2008, a companhia realiza a terceira temporada da peça na cidade. Desde de junho de 2007, a Pausa Companhia vem realizando um trabalho de pesquisa com autores brasileiros, buscando sempre trazer à cena espetáculos sintonizados com as questões do nosso tempo, usando também uma linguagem contemporânea. O escritor e cartunista Henfil foi o primeiro a ser focado. Desta pesquisa, produzida em parceria com a companhia Cambutadefedapada!, surgiu o espetáculo Henfil JÁ!, com direção de Nena Inoue, que estreou na II Mostra Novos Repertórios do Festival de Teatro de Curitiba de 2008 e participa, em junho de 2008, do Festival Internacional de Londrina..

A obra do brasileiro Valêncio Xavier, reconhecido como um dos grandes nomes do experimentalismo literário do país, tem sido o tema central de pesquisa da Pausa Companhia desde o segundo semestre de 2007. Para o Projeto Valêncio Xavier, dois diretores foram convidados a participar do processo – Fernando Kinas e Moacir Chaves – , contribuindo para o projeto com seus diferentes olhares, importantes destaques dentro do cenário teatral brasileiro contemporâneo. Ambos partem das mesmas fontes de pesquisa, apropriando-se delas, porém, de maneiras distintas na direção de diferentes espetáculos. Ainda em julho deste ano, uma nova encenação dentro do Projeto Valêncio Xavier.

Uma outra montagem que vem sendo desenvolvida, patrocinada pela Fundação Cultural de Curitiba e com direção de Moacir Chaves O Mez da Grippe; baseado na novela de maior sucesso do escritor. Com texto e direção de Fernando Kinas, a companhia já estreou em maio de 2008, a peça ganhadora do Prêmio Mirian Muniz, Febre [ um sintoma cênico, patrocinada pela FUNARTE, que teve grande repercussão junto ao público e à crítica curitibanos.

A Pausa Companhia ainda integra o Movimento de Teatro de Grupo de Curitiba, coletivo formado por 12 companhias de pesquisa e que promove além de discussões estéticas e políticas sobre a produção artística da cidade como também ações artísticas que visam integrar a comunidade e artistas nestas produções, abrindo espaço para o debate, como o 1º Movimento que aconteceu no dia 09 de agosto de 2009 e teve a presença de Dorberto de Carvalho (SP) nas discussões sobre políticas públicas para cultura e contou com um público estimado de mais de 400 pessoas.

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